segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Parte 2

No recreio, quando ele estava comendo seu lanche, e Peru estava dançando, ele teve um pensamento. Viu um Erumpent caído, com seu corpo envolto nas chamas, e um dragão, deitado, sem suas asas, ele se ligou.
“Daria um empate!” Todo feliz, pegou sua mochila, que estava atrás dele, a abriu, e pegou seu caderno de história, ou tentou, pois cada vez que ele puxava, uma força puxava o caderno para baixo, então, John puxou com toda a sua força, mas foi puxado para dentro da mochila, no qual, poucos instantes depois, ficou sobre um banco cheio de pixações, sem nenhum dono. Então, Peru, que tinha acabado de ganhar o prêmio (de novo) de melhor dançarino, chegou ao banco. A primeira coisa que ele fez, quando viu que o amigo não estava ali, foi olhar em volta. Quando percebeu a mochila, a idéia que lhe veio a cabeça pareceu meio esquisita para ele, mas, como era a única que teve, enfiou a cabeça dentro da mochila, e então, sentiu uma coisa arranhando seu rosto e depois, foi puxado também. Quando conseguiu pensar, já tinha caído em um chão fofo, e, rapidamente, se levantou e olhou em volta.
Ele estava numa clareira, de uma floresta densa e longa, e, além disso, as árvores estavam encobrindo o sol. De repente ele ouviu um barulho vindo de uma árvore com um tom de marrom enjoado, toda torta, e de uns arbustos saiu uma criatura verde, com folhas como roupas, com o tamanho de uma criança de cinco anos. Aproximou-se de Peru lentamente, e, quando chegou perto o suficiente para lhe dar um pontapé com suas perninhas, virou-se para trás e falou:
- Pode vir!
Das folhagens que Peru dificilmente via, por causa da criatura, viu uma pessoa humana do tamanho, dele, cabelo loiro, vestido com um uniforme do colégio totalmente rasgado e com o corpo todo sujo, gritou:
- John!
Levantou-se dum salto, o que fez a criatura ter que se jogar para o lado para não ser atropelada por ele, e correu ao encontro do amigo. Depois de varias reclamações e pedidos de explicação, John finalmente teve tempo para falar.
- Bom, estou aqui desde a semana passada, e, como você percebeu o tempo aqui é mais rápido comparado ao nosso. Pelo que entendi, esse mundo esta amaldiçoado por uma criatura ou pessoa, que quer dominar o lugar. Conheci a equipe que quer impedir que seus planos continuem, e ajudei um pouco, mas estamos perdendo, agora eu e uns outros que estão chegando estamos procurando o mapa para a terra dos dragões Barriga-De-Ferro, para pedir ajuda. Perguntas?
Peru ficou sem falar. Nunca conheceu esse seu jeito alegre e sem vergonha, mas, antes que pudesse fazer qualquer objeção, John continuou a falar.
“Veja só o que eu tenho!”
John tirou uma coisa das costas, que parecia um galho, mas a medida que ele foi tirando, Peru percebeu que era uma espada.
-- Ganhei do antigo príncipe...
John entregou a espada para Peru.
-- Para mim?—disse.
-- Não! É para você olhar!—Respondeu John.
Peru começou a reclamar sozinho, entregou para John, que botou na bainha nas suas costas. Peru recomeçou a reclamar, mas John não lhe deu atenção, foi falar com a criatura.
-- E aí? Gostou dele?
-- É muito convencido pro meu gosto... – respondeu num tom desagradável.
-- John! Vem cá!
John se aproximou de Peru. Então, aos cochichos, Peru perguntou:-- O que é aquilo?—perguntou Peru, apontando para a criatura.
-- Ah, achei que ia perguntar. Ele é o Tomerlo, mas eu chamo de Tom, ele é um leprechaum, e ajuda a lutar contra o cara do mal.
John voltou para o arbusto congelado, e falou:
-- Venham!
Ao longe, ouviu um barulhinho de folhas sendo chacoalhadas, e, então, do mato, apareceu quatro criaturas, das quais todas eram totalmente assustadoras. Uma tinha cabeça de leão, corpo de bode e rabo de dragão, e, ao que parecia, era a mais braba de todas. Outra não pareci uma fêmea, e sim um macho, pois tinha, até a cintura, corpo humano, mais, a seguir, vinha o corpo de um cavalo, sem contar que ele tinha uma cara irritada. E a outra criatura chegava soltando grunhidos, e tinha as patas dianteiras com garras, e as de trás continham cascos de cavalos, era cinzento, tinha asas enormes, e o rosto com olhos pretos atentos, e tinha um bico cinza afiado. John sorriu para eles.
Quando a criatura metade humana, metade cavalo passou por John, ele disse:
-- Como vai?
O centauro apenas olhou para ele com a cara brava de sempre, e continuou seu caminho, até que se deparou com Peru, que ainda não tinha o percebido, estava parado, pois primeira criatura estava cheirando ele. Peru estava tremendo e fazia a Quimera bater seu fusinho repetitivamente. John se aproximou de Peru, ao mesmo tempo em que a Quimera ia saindo batendo os pés em direção ao Centauro e ao Hipogrifo. John percebeu que seu amigo estava em pânico, e ligeiramente pálido, como um fantasma.
-- Que foi?—disse John

continua....

domingo, 14 de setembro de 2008

Meu primeiro livro!!!

O COMEÇO DE TUDO


Ele se preparava para correr. Sua vida dependia disso. Começou. Ele correu o mais rápido que pode para chegar antes deles. Eles são cruéis, e não estão nem aí se a gente quer viver. Então ele viu uma porta, entreaberta, na qual, pensou, poderia se trancar e esperar eles desistirem. Correu mais ainda. Esforçava-se para não olhar para trás, pois sabia que eles estavam correndo também. Alcançou a porta, a abriu tão rápido quanto a fechou e trancou.
Quando finalmente teve tempo para pensar, olhou em volta era uma sala pequena, cheia de quadros, alguns rasgados e outros no chão, as paredes estavam arranhadas, e, estranhamente, era rosa. Então ele ouviu um gemido, que vinha de uma parte escura. De lá saiu uma coisa enorme, o maior e mais assustador troll que ele já viu.
-- AAAAAAAAH!
John agora se encontrava num quarto estranho, cheio de pôsteres e coisas sobre duendes. Ele se levantou e foi tomar café. Quando olhou para o relógio da cozinha, viu que já era meio-dia. “Vai ver os duendes bagunçaram o relógio só pra me assustar”.
John não era como a maioria dos garotos. Adorava os seres mágicos, não gostava de ser dependente e se vestia como um bruxo. Às vezes vestia um chapéu preto que encontrou numa loja lá no fim da cidade, enquanto passeava com seu único amigo.
Acabou de almoçar, conversou com seu pai e foi para a escola. “A minha casa não é muito estranha por fora, pelo menos” pensou. A casa dele era normal. Morava em um condomínio fechado, no qual todas as casas tinham uma janela dos dois lados, uma porta no meio, um telhado diagonal, janela no sótão e uma chaminé.
Quando saiu do condomínio encontrou seu amigo, Prussiano, mas, para diminuir, ele só o chamava de Peru. Era um garoto magro, de cabelos pretos, que se vestia sempre com uma bermuda e um moletom.
Enquanto caminhavam até a escola, Peru perguntou:
-- Teve outro sonho esquisito?
John se sentiu agoniado, não gostava de falar de sua vida, mas, recentemente tinha tido sonhos que lhe perturbavam bastante, sonhos com as criaturas mágicas.
Mas pelo que conhecia Peru, ele teria que responder de qualquer jeito.
-- Sim...
-- E como ele era?!
-- Como todos os outros...
John tinha o costume de sempre falar suspirando. Não era por nada: odiava falar. Era um garoto quieto, que gostava de ficar no seu canto.
-- Escuta – continuou Peru – Você tem que dar mais atenção aos seus sonhos! Acredita que hoje eu também tive um sonho, e não muito diferente dos que você me disse!
-- Bom...
A atitude de John deixava Peru louco. Os dois eram totalmente diferentes, Peru era super agitado, e o melhor dançarino da turma. Realmente, os dois não tinham nade de igual, mas eram amigos porque toda a turma os achava esquisitos e os dois gostavam de magia.
Quando chegaram ao “Canto do Inferno” (era assim que Peru chamava a escola) John sentiu um calafrio. Nunca gostara da escola, e, desde que entrou, achava que as professoras eram goblins, e agora, na quinta série, tinha certeza que a professora de história era um, baixinha, com os olhos que pareciam saltar das órbitas, e dava impressão que ia sair fogo dela. E, pra piorar a situação, era a primeira matéria de hoje...
Quando chegou a sala de história, olhou em volta. Nunca tinha percebido, mas a sala era infestada de cartazes de anões, e outros seres, além de cartazes de personagens famosos de verdade na história.
Então ele sentou no seu lugar e a aula começou.
-- Hoje, caros alunos, vou falar de seres mágicos. – isso deixou John espantado – Para começar, alguém sabe que criatura é aquela no cartaz do fundo e quais são suas características?—toda turma olhou para trás. Realmente, no fundo, havia uma criatura “Um explosivin...”, John pensou – Ninguém? Ahn... John! Quer tentar a sorte?—John olhou pra professora surpreso.
-- Bem... Ahn... É um... – John, então, soltou um suspiro, tomou coragem e falou:
-- É um explosivin... – a professora ficou surpresa, nunca ninguém conseguiu responder. “Explosivins possuem pinças como patas. São uma mistura de mantícora com caranguejo-de-fogo. Sua parte de cima é muito dura e nenhum golpe parece atingi-la. Somente atingindo os Explosivins por baixo é que se pode ganha-los. Mas é claro que é tudo fictismo” Continuou.
-- Será...?—gaguejou a professora.
Então ela ficou de boca aberta, mas, infelizmente, John estava certo. John não se sentiu muito bem. Metade da turma olhava para ele como se ele fosse um monstro, e, para piorara a situação, a professora começou a falar:
-- Pelo que parece, John é o mais inteligente de todos vocês, portanto, abram o livro na página 67, e comecem a ler menos o John, é claro, como me parece, ele já sabe muito de seres mágicos. Portanto, John, responda as perguntas da página 70, não precisa copiar as ordens.
John ficou corado, mas fez um esforço para não parecer que estava com vergonha. Abriu seu livro na página que a professora pediu, e ficou surpreso. “Dez questões!”, mas, como ele sabia que não dava para discutir com a professora de história, começou a fazê-las. Até o número cinco tudo bem, era só explicar o que eram certas criaturas, mas, quando chegou a seis, ele teve um calafrio.
“Em uma batalha de um Dragão contra um Erumpent, quem venceria?”, ele era um cara que não gostava de que criaturas mágicas brigassem, e não esperava por essa. De repente o sinal tocou.
“Salvo pelo congo...”

aguardem pela próxima parte...
(continua)