quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

PARTE 4

Agora ele se encontrava num cômodo um pouco maior que seu quarto, mas as paredes tinham o mesmo tom enjoado de verde.Olhou para cima, o teto, antes não percebido quando estava no quarto, era triangular, e dava para ver alguns ratos passando no suporte horizontal que se encontrava no telhado. Abaixou a cabeça e olhou para frente, onde tinha uma mesa redonda e grande, e, para sua surpresa, em volta dela, se encontravam várias criaturas, algumas peludas, outras sem pelo algum, mas a maioria tinha uma cara assustadora. Olhou para todas as criaturas, embora nenhuma o havia notado, e viu, sobre a mesa, um pedaço de papel grande, que, pelo jeito, era o centro das atenções.
Correu os olhos mais uma vez pela mesa e encontrou, de costas para ele, o centauro. Foi devagar a ele, nas pontas dos pés.
Quando estava perto dele, parou, e também nas pontas dos pés, leu o que estava escrito no pedaço de papel.
“ O udno ed Láviré rerre eiorgp, ne a nica pessa uqe edop salfelo ó mua ricatrura uqe ivá irac od hens.”
Logo abaixo daquela escritura esquisita, estava o desenho de uma criatura que John nunca viu antes. Do topo da cabeça saía chifres longos e curvos, e as suas pontas se encontravam uma com a outra. Os olhos eram puxados até a altura das orelhas e John não conseguiu ver nariz, e a boca estava horrivelmente torta com um sorriso macabro e os dentes a mostra. Antes que ele pudesse ver o corpo, alguma coisa encostou na sua barriga e o empurrou, furiosamente, para longe da mesa, sob o murmuro dos outros.
O centauro o levou de volta ao quarto de onde ele saiu, mas não fechou a porta. John ficou parado, de frente para a porta, pensando no que poderia significar a inscrição.


No dia seguinte fazia uma manhã nevoada, em que John mal conseguiu distinguir as árvores que balançavam com o vento a frente da janela pequena com formato circular que se encontrava a alguns centímetros da cama do garoto. Ele então olhou para trás. Peru se encontrava na sua cama, com os lençóis que encobriam ele estirados e enrolados no corpo que ressonava tão profundamente que John teve certeza que ele estava sonhando. Ele começou a refletir do jeito que as coisas aconteceram rápidas. Em uma semana apenas ele se tornou conhecido em toda a tropa rebelde, e provavelmente alguns da guarda do rei.Em uma semana John já decorou as línguas que existiam no mundo em que agora estava.” Com certeza a frase na bandeira era de uma língua antiga”, pensou.
Então a porta enferrujada se abriu. John virou para trás rapidamente, mas não havia motivo para se preocupar, pois era o centauro.
A criatura caminhou a galopes em direção a John e, quando estava ao seu lado, fez sinal para que John o seguisse, e saiu do quarto.
John se levantou e foi até Peru, e o sacudiu.
A reação foi imediata, logo ele estava sentado, com os olhos meio abertos, em posição de combate.
-- Se levanta e me segue...—disse John.
John calçou seus chinelos cinzas e caminhou lentamente até a porta, com Peru atrás dele.
Quando abriu a porta, o centauro estava a sua espera, com seus olhos negros fixos em John.
Então ele se virou e começou a galopar em direção a mesa onde antes se encontrava a bandeira. John e Peru avançaram lentamente sobre o chão sem piso, e a cada passada, um rangido. Contornaram a mesa e se dirigiram a uma porta que estava alguns metros atrás da mesa, igualmente sem maçaneta. O centauro
empurrou-a e eles saíram para o campo coberto por uma densa névoa na qual não se enxergava um palmo a frente.
Guiados pelo centauro, eles andaram sempre para frente, e o terreno ia ficando florestado, até que finalmente entraram numa floresta. Foram se adentrando cada vez mais, e ia ficando mais difícil caminhar dentre as folhagens e raízes.
Uma ou duas vezes John tropeçou, seguido por Peru, que ao contrario de John, Tinha que se agarrar no corpo do garoto para não cair.
Quando as vestes do garoto estavam completamente sujas, que eles saíram da floresta.
O local onde se encontravam agora tinha um pouco menos de névoa, e John consegui perceber que estavam chegando a um morrinho. Percebeu a tempo de frear e ir devagar à medida que se inclinava.
A cada passo na descida a névoa ia se decepando. Quando estavam chegando ao fim da descida, John conseguiu ouvir rugidos e murmúrios, mas não conseguiu distinguir. Chegaram ao fim do monte e começaram a andar em um terreno plano, e John consegui formar palavras com os rugidos.
“Isso não é uma boa idéia!” “Pois era o melhor a fazer!” John ficou se perguntando o que significaria aquilo, e de que idéia estariam falando. Quando chegou mais perto do barulho, porem, encontrou um monte de criaturas amontoadas.Quando se aproximaram, a maioria olhou para trás, e logo foi imitada.Logo, todas estavam olhando para John.
Passaram por elas, e muitas John reconheceu. Vários Erumpentes, explosivins, esfinges, bichos-papões (ele viu seu corpo pouco a pouco ir se transformando em carne), entre muitos outros. Avançaram mais um pouco e entraram numa clareira. Aí, então, John percebeu o motivo da reunião. Durante sua aprendizagem sobre este mundo, lembrou-se de ter lido sobre um portal que mandava para mundos opostos, e a ilustração que ele viu no livro era totalmente igual a cena que ele via agora. Dois totens, cada um a um metro de distância do outro, mostravam fênix, uma em cima da outra. No espaço vazio entre os totens, havia uma coisa, que John achou que fosse apenas a névoa, mas logo pensou de novo, pois a “névoa” brilhava.
Postados ao lado dos totens, se encontravam duas quimeras, e as duas pareciam não gostar de estar ali.
Foram andando cada vez mais para frente, e só pararam quando estavam a um metro do portal.Logo depois, ouviram o soar de uma trombeta, mas nem John nem Peru souberam de onde veio.
Então eles ouviram passos, então olharam para o lado esquerdo, e viram um leprechaum, e John reconheceu sendo o Tomerlo. Ele se postou ao lado de Peru, olhou para o amontoado de criaturas, então pegou um papel enrolado do bolso. Desenrolou e leu em voz alta:
-- Cidadãos do povo de Laviré, hoje, dia 50 de Hodu de 3560, mas 18 de julho de 2008 para os humanos vamos, pela primeira vez em dois séculos, fazer a cerimônia de Kalare, pois, de acordo com o conselho de criaturas de Laviré, os dois humanos que, por obra de alguma força desconhecida, estão hospedados aqui, deverão voltar para o mundo deles.
Nesse momento, as criaturas começam a vaiar descontroladamente e Tomerlo começou a gritar para eles pararem. Vendo que não adiantava, uma criatura vestida com um véu negro se postou a frente do leprechaum, levantou a mão e todos se calaram.
-- Obrigado. —disse Tomerlo.

domingo, 23 de novembro de 2008

Sorry

ae pessoal desculpem a demora, mas eu não estou tendo muitas idéias para continuar............

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

PARTE 3

Peru olhou para John como se ele recém tivesse percebido que John estava ali. Olhou para os animais, agora com o leprechaum em cima do hipogrifo, com seus olhos negros mirados para frente. O centauro encarava John com as sobrancelhas tão abaixadas que era difícil distinguir os olhos. A Quimera havia deitado, e olhava para John com tal tédio que parecia ter visto a mesma coisa muitas vezes. Depois de algum tempo, John olhou para Peru, que continuava pálido, com os olhos vidrados no chão. John suspirou, olhou para Peru e falou:
-- Uma Quimera, um Centauro, e um Hipogrifo.
Peru não respondeu, mas olhou para as feras, e, rapidamente, para John, com expressão de raiva.
-- Eles são do nosso time, a Quimera se chama Dragna, bom, é o que eu acho... O Centauro não falou seu nome, então eu o chamo de Júlio, foi quando nos encontramos. O hipogrifo se chama Naft.
Peru se aliviou um pouco, mas logo voltou a desanimar. Ouviram um barulho de galho seco se quebrando. A reação foi sem demora. O centauro bateu as ferraduras no chão, mas a grama aliviou o barulho. A quimera se levantou rapidamente, e se reanimou, com os dentes a mostra. O hipogrifo balançou as asas, fazendo o Tom cair. John pegou sua espada, e Peru fez pose de lutador de boxe, mas ele estava totalmente pálido. As criaturas foram mais para frente, a passos largos. Então, dos arbustos saiu uma fada, com uns 10cm de altura, os cabelos, loiros, tinham um aspecto mal cuidado, e o mais estranho que John percebeu, ao invés de ela estar voando, estava mancando.
Ela andou um pouco para frente, ainda mancando, as criaturas se acalmaram, e o Tom foi até ela.
-- O que aconteceu, minha cara... - ele disse.
-- Meu nome é Natfa, mas agora não temos tempo para conversar—ela estava tão pálida quanto o Peru, mas suava mais ainda.
“Vocês têm que correr! O general Yurley achou vocês de algum jeito, e mandou as tropas atacarem. Tem mais ou menos umas duzentas criaturas!”
Tom, sem demora, pegou a fada nas cuidadosamente, e perguntou:
-- Tinha dragões lá?
-- O que isso importa? Cor...—Ela parou.
Ela olhou para trás, virando lentamente a cabeça, e, então saiu voando.
Ao longe, John ouviu barulhos de passos, gente gritando, e foram cada vez mais aumentando. Então logo depois que ele ouviu um rugido, ouviu Tom assobiar. Ele ouviu um agudo pio de ave, e, do nada sentiu alguma coisa puxar sua barriga. E o barulho ia aumentando. Quando percebeu, estava nas costas do centauro, com Peru logo atrás, encostado nas suas costas, aparentemente desmaiado. Então olhou para baixo, e percebeu que estava voando, pois via de cima um exercito de todas as criaturas que ele conhecia, menos dragões, e nenhuma podia voar, pelo jeito. Olhou para cima, e viu o enorme braço do centauro segurando as pernas traseiras de uma ave vermelha, uma Fênix. E, ao seu lado, outra fênix segurava a Quimera com as patas, e o hipogrifo estava voando.
A fuga foi longa e cansativa. Não sabia seu destino, mas sabia que tinham um, do jeito que eles estavam tão bem organizado, e fazendo curvas sem se confundir.
Aquela viagem estava o deixando cansado. Para não dormir, pensou em todas as coisas que já tinham acontecido. Mas não adiantou. Logo estava dormindo, com a cabeça apoiada no pescoço levantado do centauro, que soltou um grunhido de desaprovação.
A fênix soltou um piado, ligeiramente mais agudo do que de quando ela foi chamada, e começou a descida.
John acordou numa cama dura, e sem travesseiro. Abriu os olhos e fechou-os novamente. Estava sonhando com sua namorada, que provavelmente eu não a mencionei a você. Era uma garota morena, com os olhos azuis como o céu, e a pele bronzeada como sorvete de chocolate. No seu sonho ele estava de mãos dadas com ela, assistindo um filme de cinema, então, quando eles iam se beijar, ele acordou.
Naquele momento, John ficou profundamente chateado, mas então se lembrou o porque estava ali, e tinha uma missão a cumprir.
“Talvez eu devesse contar tudo ao Peru...” pensou.
E então se levantou, botou seu chinelo mal cuidado desde que chegou ali, que estava ao lado de sua cama, e se levantou.
Caminhou um pouco para frente, e olhou em volta. Por ora, parecia que estava numa favela. A parede mal cuidada tinha uma cor verde-musgo, enquanto o chão era pura grama. A sua frente, e a um metro de sua cama, estava a de Peru, que roncava como um leão enfurecido.
Procurou a porta e a encontrou, a uma pequena distancia dos pés de Peru.
A porta era igualmente mal cuidada, com a pintura caindo e a maçaneta parecia enferrujada.
John se aproximou dela, e teve certeza que a maçaneta era enferrujada, pois ao invés da porta estar fechada, estava entreaberta.
Ele encostou a mão no plano da porta, e sentiu um ar gelado invadindo sua mão, e, rapidamente, empurrou a porta.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Parte 2

No recreio, quando ele estava comendo seu lanche, e Peru estava dançando, ele teve um pensamento. Viu um Erumpent caído, com seu corpo envolto nas chamas, e um dragão, deitado, sem suas asas, ele se ligou.
“Daria um empate!” Todo feliz, pegou sua mochila, que estava atrás dele, a abriu, e pegou seu caderno de história, ou tentou, pois cada vez que ele puxava, uma força puxava o caderno para baixo, então, John puxou com toda a sua força, mas foi puxado para dentro da mochila, no qual, poucos instantes depois, ficou sobre um banco cheio de pixações, sem nenhum dono. Então, Peru, que tinha acabado de ganhar o prêmio (de novo) de melhor dançarino, chegou ao banco. A primeira coisa que ele fez, quando viu que o amigo não estava ali, foi olhar em volta. Quando percebeu a mochila, a idéia que lhe veio a cabeça pareceu meio esquisita para ele, mas, como era a única que teve, enfiou a cabeça dentro da mochila, e então, sentiu uma coisa arranhando seu rosto e depois, foi puxado também. Quando conseguiu pensar, já tinha caído em um chão fofo, e, rapidamente, se levantou e olhou em volta.
Ele estava numa clareira, de uma floresta densa e longa, e, além disso, as árvores estavam encobrindo o sol. De repente ele ouviu um barulho vindo de uma árvore com um tom de marrom enjoado, toda torta, e de uns arbustos saiu uma criatura verde, com folhas como roupas, com o tamanho de uma criança de cinco anos. Aproximou-se de Peru lentamente, e, quando chegou perto o suficiente para lhe dar um pontapé com suas perninhas, virou-se para trás e falou:
- Pode vir!
Das folhagens que Peru dificilmente via, por causa da criatura, viu uma pessoa humana do tamanho, dele, cabelo loiro, vestido com um uniforme do colégio totalmente rasgado e com o corpo todo sujo, gritou:
- John!
Levantou-se dum salto, o que fez a criatura ter que se jogar para o lado para não ser atropelada por ele, e correu ao encontro do amigo. Depois de varias reclamações e pedidos de explicação, John finalmente teve tempo para falar.
- Bom, estou aqui desde a semana passada, e, como você percebeu o tempo aqui é mais rápido comparado ao nosso. Pelo que entendi, esse mundo esta amaldiçoado por uma criatura ou pessoa, que quer dominar o lugar. Conheci a equipe que quer impedir que seus planos continuem, e ajudei um pouco, mas estamos perdendo, agora eu e uns outros que estão chegando estamos procurando o mapa para a terra dos dragões Barriga-De-Ferro, para pedir ajuda. Perguntas?
Peru ficou sem falar. Nunca conheceu esse seu jeito alegre e sem vergonha, mas, antes que pudesse fazer qualquer objeção, John continuou a falar.
“Veja só o que eu tenho!”
John tirou uma coisa das costas, que parecia um galho, mas a medida que ele foi tirando, Peru percebeu que era uma espada.
-- Ganhei do antigo príncipe...
John entregou a espada para Peru.
-- Para mim?—disse.
-- Não! É para você olhar!—Respondeu John.
Peru começou a reclamar sozinho, entregou para John, que botou na bainha nas suas costas. Peru recomeçou a reclamar, mas John não lhe deu atenção, foi falar com a criatura.
-- E aí? Gostou dele?
-- É muito convencido pro meu gosto... – respondeu num tom desagradável.
-- John! Vem cá!
John se aproximou de Peru. Então, aos cochichos, Peru perguntou:-- O que é aquilo?—perguntou Peru, apontando para a criatura.
-- Ah, achei que ia perguntar. Ele é o Tomerlo, mas eu chamo de Tom, ele é um leprechaum, e ajuda a lutar contra o cara do mal.
John voltou para o arbusto congelado, e falou:
-- Venham!
Ao longe, ouviu um barulhinho de folhas sendo chacoalhadas, e, então, do mato, apareceu quatro criaturas, das quais todas eram totalmente assustadoras. Uma tinha cabeça de leão, corpo de bode e rabo de dragão, e, ao que parecia, era a mais braba de todas. Outra não pareci uma fêmea, e sim um macho, pois tinha, até a cintura, corpo humano, mais, a seguir, vinha o corpo de um cavalo, sem contar que ele tinha uma cara irritada. E a outra criatura chegava soltando grunhidos, e tinha as patas dianteiras com garras, e as de trás continham cascos de cavalos, era cinzento, tinha asas enormes, e o rosto com olhos pretos atentos, e tinha um bico cinza afiado. John sorriu para eles.
Quando a criatura metade humana, metade cavalo passou por John, ele disse:
-- Como vai?
O centauro apenas olhou para ele com a cara brava de sempre, e continuou seu caminho, até que se deparou com Peru, que ainda não tinha o percebido, estava parado, pois primeira criatura estava cheirando ele. Peru estava tremendo e fazia a Quimera bater seu fusinho repetitivamente. John se aproximou de Peru, ao mesmo tempo em que a Quimera ia saindo batendo os pés em direção ao Centauro e ao Hipogrifo. John percebeu que seu amigo estava em pânico, e ligeiramente pálido, como um fantasma.
-- Que foi?—disse John

continua....

domingo, 14 de setembro de 2008

Meu primeiro livro!!!

O COMEÇO DE TUDO


Ele se preparava para correr. Sua vida dependia disso. Começou. Ele correu o mais rápido que pode para chegar antes deles. Eles são cruéis, e não estão nem aí se a gente quer viver. Então ele viu uma porta, entreaberta, na qual, pensou, poderia se trancar e esperar eles desistirem. Correu mais ainda. Esforçava-se para não olhar para trás, pois sabia que eles estavam correndo também. Alcançou a porta, a abriu tão rápido quanto a fechou e trancou.
Quando finalmente teve tempo para pensar, olhou em volta era uma sala pequena, cheia de quadros, alguns rasgados e outros no chão, as paredes estavam arranhadas, e, estranhamente, era rosa. Então ele ouviu um gemido, que vinha de uma parte escura. De lá saiu uma coisa enorme, o maior e mais assustador troll que ele já viu.
-- AAAAAAAAH!
John agora se encontrava num quarto estranho, cheio de pôsteres e coisas sobre duendes. Ele se levantou e foi tomar café. Quando olhou para o relógio da cozinha, viu que já era meio-dia. “Vai ver os duendes bagunçaram o relógio só pra me assustar”.
John não era como a maioria dos garotos. Adorava os seres mágicos, não gostava de ser dependente e se vestia como um bruxo. Às vezes vestia um chapéu preto que encontrou numa loja lá no fim da cidade, enquanto passeava com seu único amigo.
Acabou de almoçar, conversou com seu pai e foi para a escola. “A minha casa não é muito estranha por fora, pelo menos” pensou. A casa dele era normal. Morava em um condomínio fechado, no qual todas as casas tinham uma janela dos dois lados, uma porta no meio, um telhado diagonal, janela no sótão e uma chaminé.
Quando saiu do condomínio encontrou seu amigo, Prussiano, mas, para diminuir, ele só o chamava de Peru. Era um garoto magro, de cabelos pretos, que se vestia sempre com uma bermuda e um moletom.
Enquanto caminhavam até a escola, Peru perguntou:
-- Teve outro sonho esquisito?
John se sentiu agoniado, não gostava de falar de sua vida, mas, recentemente tinha tido sonhos que lhe perturbavam bastante, sonhos com as criaturas mágicas.
Mas pelo que conhecia Peru, ele teria que responder de qualquer jeito.
-- Sim...
-- E como ele era?!
-- Como todos os outros...
John tinha o costume de sempre falar suspirando. Não era por nada: odiava falar. Era um garoto quieto, que gostava de ficar no seu canto.
-- Escuta – continuou Peru – Você tem que dar mais atenção aos seus sonhos! Acredita que hoje eu também tive um sonho, e não muito diferente dos que você me disse!
-- Bom...
A atitude de John deixava Peru louco. Os dois eram totalmente diferentes, Peru era super agitado, e o melhor dançarino da turma. Realmente, os dois não tinham nade de igual, mas eram amigos porque toda a turma os achava esquisitos e os dois gostavam de magia.
Quando chegaram ao “Canto do Inferno” (era assim que Peru chamava a escola) John sentiu um calafrio. Nunca gostara da escola, e, desde que entrou, achava que as professoras eram goblins, e agora, na quinta série, tinha certeza que a professora de história era um, baixinha, com os olhos que pareciam saltar das órbitas, e dava impressão que ia sair fogo dela. E, pra piorar a situação, era a primeira matéria de hoje...
Quando chegou a sala de história, olhou em volta. Nunca tinha percebido, mas a sala era infestada de cartazes de anões, e outros seres, além de cartazes de personagens famosos de verdade na história.
Então ele sentou no seu lugar e a aula começou.
-- Hoje, caros alunos, vou falar de seres mágicos. – isso deixou John espantado – Para começar, alguém sabe que criatura é aquela no cartaz do fundo e quais são suas características?—toda turma olhou para trás. Realmente, no fundo, havia uma criatura “Um explosivin...”, John pensou – Ninguém? Ahn... John! Quer tentar a sorte?—John olhou pra professora surpreso.
-- Bem... Ahn... É um... – John, então, soltou um suspiro, tomou coragem e falou:
-- É um explosivin... – a professora ficou surpresa, nunca ninguém conseguiu responder. “Explosivins possuem pinças como patas. São uma mistura de mantícora com caranguejo-de-fogo. Sua parte de cima é muito dura e nenhum golpe parece atingi-la. Somente atingindo os Explosivins por baixo é que se pode ganha-los. Mas é claro que é tudo fictismo” Continuou.
-- Será...?—gaguejou a professora.
Então ela ficou de boca aberta, mas, infelizmente, John estava certo. John não se sentiu muito bem. Metade da turma olhava para ele como se ele fosse um monstro, e, para piorara a situação, a professora começou a falar:
-- Pelo que parece, John é o mais inteligente de todos vocês, portanto, abram o livro na página 67, e comecem a ler menos o John, é claro, como me parece, ele já sabe muito de seres mágicos. Portanto, John, responda as perguntas da página 70, não precisa copiar as ordens.
John ficou corado, mas fez um esforço para não parecer que estava com vergonha. Abriu seu livro na página que a professora pediu, e ficou surpreso. “Dez questões!”, mas, como ele sabia que não dava para discutir com a professora de história, começou a fazê-las. Até o número cinco tudo bem, era só explicar o que eram certas criaturas, mas, quando chegou a seis, ele teve um calafrio.
“Em uma batalha de um Dragão contra um Erumpent, quem venceria?”, ele era um cara que não gostava de que criaturas mágicas brigassem, e não esperava por essa. De repente o sinal tocou.
“Salvo pelo congo...”

aguardem pela próxima parte...
(continua)